Infeção humana por Vírus Monkeypox (colocado a 11-08-2022)

Atualização Alerta 05/2022 - Casos humanos de infeção pelo vírus Monkeypox no Mundo e em Portugal (11-08-2022)

De 1 de janeiro a 8 de agosto de 2022, foram reportados à WHO 28 142 casos confirmados de infeção humana por VMPX, em 89 países.

Foram reportados 12 óbitos: 4 na Nigéria, 2 na República Centro-Africana, 2 em Espanha, 1 na Índia, 1 no Brasil, 1 no Gana e 1 no Peru.

A 8 de agosto, o Ministério de Saúde Pública do Equador reportou um óbito num caso de infeção por VMPX, atribuindo a causa de morte a condições pré-existentes. Os 10 países com mais casos são, por ordem decrescente: EUA, Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Países Baixos, Canadá, Portugal e Itália.

A 4 de agosto, os EUA, através do Departamento da Saúde e Serviços Humanos e da FDA, declararam o surto de infeção por VMPX uma emergência de saúde pública nacional, garantindo a possibilidade de escalar a resposta federal ao surto.

Através de uma autorização para uso de emergência a FDA  autorizou aa dministração intradérmica da vacina lynneos para maiores de 18 anos.

A 9 de agosto a Health Emergency Preparedness and Response Authority da Comissão Europeia ( Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA)) promoveu o Workshop on clinic data collection for Monkeypox, onde foram abordadas as necessidades de investigação no âmbito das vacinas e terapêutica para a infeção por VMPX.

A 10 de agosto a WHO organizou o webinar Using Go.Data in the Context of Monkeypox, onde foi explicada a utilidade da plataforma para a resposta a surtos.

A 11 de agosto o ECDC vai organizar uma reunião de partilha de atualizações e informações, onde Portugal irá fazer uma apresentação enquadrada no tema Clinical presentation and management - severe disease.

 

Em Portugal Até 3 de agosto de 2022, foram confirmados laboratorialmente 710 casos.

O número de novos casos semanais reportados desde final de junho foram: 50 (de 30/6 a 6/7), 65 (de 7/7 a 13/7), 73 (de 14/7 a 20/7),45 (de 21/7 a 27/7), e 77 (de 28/7 a 3/8).

Dos 616 casos com informação disponível, 262 casos (43%) tem ente 30 e 39 anos.

O sexo masculino corresponde a 612 casos (99,6%), tendo sido identificados 4 casos do sexo feminino.

Tendo em conta a média móvel a 7 dias do número de novos casos confirmados de infeção humana por VMPX, por data de início de sintomas, parece existir uma tendência decrescente do número de novos casos. O Re tem-se mantido inferior a 1 desde a segunda semana de julho (2022-semana 28). A informação do número de novos casos por data de início de sintomas das últimas 2 semanas deve ser interpretada com cautela, uma vez que podem ainda não ter sido notificados.

Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais:

  1. 509 (82,5%) na ARS Lisboa e Vale do Tejo,
  2. 75 (12,0%) na ARS Norte,
  3. 14 (2,3%) na ARS Centro, 7 (1,1%) na ARS Alentejo,
  4. 6 (1,0%) na ARS Algarve e
  5. 3 (0,5%) na RAM.

Os concelhos onde há maior notificação são Lisboa, Almada, Porto e Oeiras.

Pelos critérios da Norma 006/2022, de 12/07/2022, já foram vacinados 73 contactos dos 104 considerados elegíveis (70,2%).

Medidas em Portugal:  A DGS encontra-se a rever a Orientação n° 004/2022 de 31/05/2022 e a norma n° 006/2022 de 12/07/2022.

Portugal encontra-se a avaliar a participação num Joint Procurement de vários países para a aquisição de tecovirimat pela Health Emergency Preparedness and Response Authority ( Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA))

Face a esta situação pensamos adequado para a prevenção do risco de transmissão de MPX que todos os potenciais dadores devem ser cuidadosamente investigados relativamente a contactos com casos de MPX (confirmados ou suspeitos), animais infetados ou viagens a áreas afetadas. Devem ser recolhidos dados sobre o historial médico destes fatores de risco.

Com base no período de incubação de MPX, recomenda-se a suspensão temporária dos dadores vivos assintomáticos, que tenham estado em contacto com caso(confirmados ou suspeitos), da dádiva de substâncias de origem humana por um mínimo de 21 dias a partir do último dia de exposição. Uma vez que a fase prodrómica de MPX varia em duração (1-4 dias ) e os sintomas podem ser não específicos e ligeiros ou ausentes, um exame cuidadoso dever ser realizado para quaisquer possíveis sinais ou sintomas de infeção.

Solicitamos a vossa maior atenção a esta informação e a sua divulgação a todos os  profissionais com responsabilidades na seleção e avaliação de dadores de sangue.

Mais informações:

https://www.dgs.pt/saude-a-a-z.aspx?v=%3d%3dBAAAAB%2bLCAAAAAAABABLszU0AwArk10aBAAAAA%3d%3d#saude-de-a-a-z/monkeypox

https://www.gov.uk/government/news/monkeypox-cases-confirmed-in-england-latest-updates

 

Atualização Alerta 05/2022 - Casos humanos de infeção pelo vírus Monkeypox no Mundo e em Portugal (01-08-2022)

De 1 de janeiro a 22 de julho de 2022, foram reportados à WHO 16 016 casos confirmados de infeção humana por VMPX, em 75 países.

Foram reportadas 5 mortes na WHO África (3 na Nigéria e 2 na República Centro-Africana), países endémicos para a doença.

A 23 de julho, o Diretor-Geral da WHO declarou o surto de infeção humana por vírus Monkeypox  uma Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional, após reunião do Comité de Emergência, a 21 de julho.

Os países foram classificados em 4 grupos, de acordo com a sua evolução epidemiológica, padrões de transmissão e capacidade de resposta. Para cada grupo, foram feitas recomendações temporárias.

No seguimento desta declaração, o Diretor da WHO Europa dirigiu uma mensagem aos profissionais de saúde, indivíduos com maior risco, ministérios e autoridades de saúde e governos. Foi feito um apelo específico para cada grupo, reforçando a atuação segundo a evidência. A Comissária Europeia Kyriakides dirigiu uma carta aos ministros europeus, solicitando uma ação coordenada da UE para controlo do surto. A UE já comprou 160 mil doses da vacina JYNNEOS e está a preparar a compra de mais doses de vacina e do antiviral tecovirimat.

A EMA atualizou as indicações da vacina lmvanex, passando a incluir proteção contra a infeção humana por VMPX e a doença causada pelo vírus vacínia. A EMA iniciou ações para responder ao surto por VMPX, nomeadamente a monitorização da oferta e procura de medicamentos críticos para a resposta.

A Taskforce de Emergência da EMA vai passar a tratar de assuntos com Monkepox. para além da COVID-19.

Em Portugal e até 20 de julho de 2022, foram confirmados  laboratorialmente 588 casos.

Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais 312 (80,3%) na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Dos 391 casos com informação disponível, 171 casos (44%) tem entre 30 e 39 anos. O sexo masculino corresponde a 390 casos, tendo sido identificado 1 caso do sexo feminino.

A 16 de julho, foram vacinados os primeiros três contactos próximos de casos, com critérios de elegibilidade de acordo com a Norma 006/2022, de 12/07/2022.

Face a esta situação pensamos adequado para a prevenção do risco de transmissão de MPX que todos os potenciais dadores devem ser cuidadosamente investigados relativamente a contactos com casos de MPX (confirmados ou suspeitos), animais infetados ou viagens a áreas afetadas. Devem ser recolhidos dados sobre o historial médico destes fatores de risco.

Com base no período de incubação de MPX, recomenda-se a suspensão temporária dos dadores vivos assintomáticos, que tenham estado em contacto com caso(confirmados ou suspeitos), da dádiva de substâncias de origem humana por um mínimo de 21 dias a partir do último dia de exposição. Uma vez que a fase prodrómica de MPX varia em duração (1-4 dias ) e os sintomas podem ser não específicos e ligeiros ou ausentes, um exame cuidadoso dever ser realizado para quaisquer possíveis sinais ou sintomas de infeção.

Atualização Alerta 05/2022 - Infeção humana por Vírus Monkeypox(27-07-2022)

Até 23 de julho, foram notificados 588 casos confirmados (por RT-PCR) de varíola de macaco (monkeypox) em Portugal.

No dia 24 de julho, sábado a OMS declarou Infeção humana por Vírus Monkeypox  emergência de saúde pública de preocupação internacional

Como já referido anteriormente  e na sequência do surto de MPX em vários países, o ECDC divulgou uma avaliação rápida de risco. Deste relatório realçamos o seguinte:

Nenhum caso de transmissão do vírus da varíola macaco através de substâncias de origem humana foi alguma vez documentado. No entanto, há casos notificados de transmissão de vírus da mãe para o filho durante a gravidez e estudos com animais mostram a presença de vírus no sangue, tecidos e órgãos de animais infetados. Foi demonstrada a existência de virémia (ou seja, amostras de sangue positivas para ADN viral). A duração da virémia não é clara, e não existem dados sobre a virémia em doentes assintomáticos (incluindo durante o período de incubação). Embora a informação seja limitada, é provável que o vírus da varíola dos macacos seja transmissível através de substâncias de origem humana, mas o risco global para os recetores na UE/EEE é baixo.

Face a esta situação pensamos adequado para a prevenção do risco de transmissão de MPX que todos os potenciais dadores devem ser cuidadosamente investigados relativamente a contactos com casos de MPX (confirmados ou suspeitos), animais infetados ou viagens a áreas afetadas. Devem ser recolhidos dados sobre o historial médico destes fatores de risco.

Com base no período de incubação de MPX, recomenda-se a suspensão temporária dos dadores vivos assintomáticos, que tenham estado em contacto com caso(confirmados ou suspeitos), da dádiva de substâncias de origem humana por um mínimo de 21 dias a partir do último dia de exposição. Uma vez que a fase prodrómica de MPX varia em duração (1-4 dias ) e os sintomas podem ser não específicos e ligeiros ou ausentes, um exame cuidadoso dever ser realizado para quaisquer possíveis sinais ou sintomas de infeção.

Solicitamos a vossa maior atenção a esta informação e a sua divulgação a todos os  profissionais com responsabilidades na seleção e avaliação de dadores de sangue

Atualização Alerta 05/2022 - Infeção humana por Vírus Monkeypox na região de Lisboa e Vale do Tejo

De acordo com informação recebida da Comissão Europeia relativa a recomendações do ECDC sobre medidas a implementar para  segurança de substâncias de  origem humana SOHO e ainda de acordo com atualização sobre o nº de casos existente em Portugal atualiza-se o alerta 05/2022 (abaixo) de varíola de macaco (MPX) na região de Lisboa e Vale do Tejo

Até  24 de maio, foram notificados 37 casos confirmados (por RT-PCR) de MPX em Lisboa e na Região do Vale do Tejo.

Como já referido anteriormente  e na sequência do surto de MPX em vários países, o ECDC divulgou hoje uma avaliação rápida de risco. Deste relatório realçamos o seguinte:

Nenhum caso de transmissão do vírus da varíola macaco através de substâncias de origem humana foi alguma vez documentado. No entanto, há casos notificados de transmissão de vírus da mãe para o filho durante a gravidez e estudos com animais mostram a presença de vírus no sangue, tecidos e órgãos de animais infetados . Foi demonstrada a existência de viremia (ou seja, amostras de sangue positivas para ADN viral). A duração da viremia não é clara, e não existem dados sobre a viremia em doentes assintomáticos (incluindo durante o período de incubação). Embora a informação seja limitada, é provável que o vírus da varíola dos macacos seja transmissível através de substâncias de origem humana, mas o risco global para os recetores na UE/EEE é baixo.

Face a esta situação pensamos adequado para a prevenção do risco de transmissão de MPX que todos os potenciais dadores devem ser cuidadosamente entrevistados relativamente a contactos com casos de MPX (confirmados ou suspeitos), animais infetados ou viagens a áreas afetadas. Devem ser recolhidos dados sobre o historial médico destes fatores de risco.

 Com base no período de incubação de MPX, recomenda-se a suspensão temporária dos dadores assintomáticos, que tenham estado em contacto com caso(confirmados ou suspeitos), da dádiva de substâncias de origem humana por um mínimo de 21 dias a partir do último dia de exposição. Uma vez que a fase prodrómica de MPX varia em duração (1-4 dias ) e os sintomas podem ser não específicos e ligeiros ou ausentes, um exame cuidadoso dever ser realizado para quaisquer possíveis sinais ou sintomas de infeção.

Solicitamos a vossa maior atenção a esta informação e a sua divulgação a todos os  profissionais com responsabilidades na seleção e avaliação de dadores de sangue

Mais informação em https://www.ecdc.europa.eu/sites/default/files/documents/Monkeypox-multi-country-outbreak.pdf

Alerta 05/2022 - Infeção humana por Vírus Monkeypox na região de Lisboa e Vale do Tejo

De 3 a 20 de Maio, foram notificados 23 casos confirmados (por RT-PCR) de varíola de macaco (monkepox) em Lisboa e na Região do Vale do Tejo; em 2 casos foi identificada a estirpe oeste-africana.

Os casos, na sua maioria jovens, e todos do sexo masculino, são estáveis, apresentando na sua maioria lesões ulcerativas perianais, genitais e perigenitais.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) já comunicou o alerta aos profissionais de saúde, a fim de melhorar a deteção precoce e a notificação de casos suspeitos.  Um comunicado de imprensa foi distribuído pela DGS aos meios de comunicação social.

A Autoridade Nacional de Medicamentos e Produtos de Saúde está a avaliar o stock de vacinas portuguesas contra a varíola.

A investigação epidemiológica e laboratorial está em curso.

De acordo com os atuais critérios de elegibilidade para doação de sangue (manual de doação de sangue), secção 1.29 Situações Epidemiológicas Especiais, em caso de contacto/exposição a um agente infecioso/doença infeciosa emergente numa determinada área geográfica por viagem/residência para a qual não existe um critério de seleção definido para candidatos a dador e nenhum teste laboratorial de rastreio, o período de adiamento deve ser duas vezes (em dias) o período de incubação.

Assim, para prevenir o risco de transmissão de MPX por transfusão, para potenciais dadores de sangue que tenham tido contacto com um doente e para potenciais dadores de sangue que tenham sido diagnosticados com a infeção, foi implementado um período de adiamento de 45 dias, na última situação após a resolução dos sintomas

 

 

 

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